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OCDS MADEIRA – Visita Pastoral do Padre Agustí Borrell, Primeiro Definidor e Vigário da nossa Ordem

Convento do Carmo, Funchal

22 outubro, 2023


A vida espiritual de um leigo secular Carmelita pode ser definida como o seu discurso diário – a sua maneira de viver junto do Povo de Deus – que em muito é favorecido pelo fortalecimento do elo “místico” entre o Secular, o Frade e a Irmã de Clausura.

Neste espírito, tivemos no dia 22 de outubro o privilégio e bênção da Visita Pastoral do Padre Agustí às Comunidades OCDS da Madeira, acompanhado do nosso muito querido Provincial, Padre Vasco Nuno Costa, com alegre acolhimento do nosso Padre Manuel Dias em nome das Comunidades madeirenses. Esta visita antecede o Encontro de todas as Comunidades com o Vigário-Geral e com o Padre Geral em Fátima, no dia 18 de novembro.

Com um sorriso de paz contagiante e palavras positivas, diretas e encorajadoras, o Padre Agustí referiu-nos aspetos da importantíssima missiva do Prepósito Geral, Padre Miguel Márquez Calle – VINTE ANOS DE GRAÇA – especificamente dirigida a nós, Seculares, por ocasião dos vinte anos das Constituições OCDS.

Mencionou os três ramos de uma mesma Ordem, realçando a necessidade da escuta e aprendizagem mútuas (todos aprendemos de todos…) para que o nosso rico carisma carmelita, este tesouro da espiritualidade teresiana-sanjuanina, seja mais vivido, na Ordem e na Igreja, consoante as respetivas identidades e autonomia.

Instou-nos a conferir que estamos vivendo as nossas Constituições, fazendo experiência de Deus no nosso “tripé” secular: ORAÇÃO – em procura constante da Vontade de Deus; COMUNIDADE – relacionando-nos diretamente, ajudando-nos reciprocamente, pois “a participação na vida da Comunidade não é voluntária”; e SERVIÇO – ajuda, primordialmente na igreja de referência: serviço eucarístico, catequese, sócio caritativo, etc.

Prosseguindo, realçou a importância da formação, Frades e Seculares ensinando-se mutuamente, mais ao jeito docibilitas (“disponibilidade em deixar-se ensinar, aprender”, que implica uma pedagogia e processo de integração a Cristo, uma constante e humilde aprendizagem à imitação dos apóstolos que viveram com Cristo. E que é uma atitude distinta de docilitasdócil: disposição natural para se deixar instruir, conduzir, guiar, educar).

Alertou-nos para os perigos de aspirar a cargos, cujo melhor remédio aconselha ser a distribuição de funções – o que a nossa Ordem exemplarmente encerra, estatutariamente e na prática, pela eleição de cargos temporários – palavras prudentes que rogamos a Deus atinjam os corações de todos nós, para chegarmos a decisões bem discernidas.

Sobre outros temas sinalizados em posteriores visitas efetuadas globalmente, falou-nos de certa continuidade na tendência dos leigos da OCDS ao clericalismo ou submissão passiva, que deverá ser contraposta pelo assíduo diálogo fraterno com os Frades com vista a mudar este modo “infantil” de agir, sendo fundamental nesse processo a adequada formação/preparação carmelita e teológica dos Seculares – um caminho já percorrido com excelentes frutos.

Pondo em prática o que nos acabara de ensinar, escutou e dialogou candidamente com as várias Comunidades OCDS madeirenses sobre a sua história, planos de formação e de atividades, orientando-nos.

Um bem-haja por tão proveitosa Visita Pastoral!







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