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Frei João da Ascenção (1787-1861)


«Ocorre no dia 16 de Março deste ano de 2021 o centésimo sexagésimo aniversário da passagem de Frei João de Neiva para a eternidade. Era natural de São Romão de Neiva, Viana do Castelo, e faleceu na cidade de Braga, em casa de família amiga. Foi sepultado na Igreja do Carmo, rodeado pelo carinho dos seus irmãos de hábito, ainda residentes na cidade, de alguns outros eclesiásticos, dos seminários de Braga e o reconhecimento das autoridadese do povo….

A memória venerável da sua bondade e das suas virtudes mantém-se viva e mobilizadora entre os fiéis da comunidade do Carmo de Braga e dos religiosos daquele

convento. E por essa razão, toda a Ordem dos Carmelitas Descalços se congratula com o reverdecer da memória do insigne religioso Carmelita Descalço, Frei João d’Ascensão, que levou vida escondida em muitos dos claustros do reino, e em Braga, nas casas amigas em que viveu. Ensinou Teologia nos colégios da Ordem, como professor e reitor, e dedicou-se, paciente e humilde, ao confessionário e à pregação, quer nas igrejas da Ordem, quer noutros púlpitos, ora mais modestos ora mais rutilantes.

Celebremos, pois, o louvor deste nosso irmão e homem ilustre entre os grandes do seu tempo, cuja memória atravessou gerações. Nele brilhou a glória de Deus, que o erigiu como grande entre o seu povo, desde os tempos antigos. Como guia do povo de Deus alcançou fama entre os seus contemporâneos, pelo que as suas obras não foram esquecidas.»

São palavras do Pe Pedro Lourenço Ferreira, Provincial da Ordem dos Carmelitas Descalços, num dos artigos do Boletim de Espiritualidade da OCD (nº 80 Extra, março 2021), inteiramente consagrado à memória do frade carmelita.

Frei João da Ascenção professou na Ordem em 1804 e foi ordenado sacerdote em 1811. Em 1833, foi exclaustrado do convento de São João da Cruz de Carnide (Lisboa), vítima da perseguição à Igreja durante as reformas liberais. Chegou à Braga em 1839, onde viveu pobre em casas amigas até ao seu falecimento. Durante mais de vinte anos, dedicou-se à vida de oração e obras de misericórdia, o que lhe valeu o cognome de Santo Fradinho do Carmo.



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