Os Carmelitas Seculares na Madeira congregaram-se, no passado dia 24 de fevereiro, na Igreja do Carmo da cidade do Funchal, para a realização do retiro quaresmal orientado pelo Padre Frei André de Santa Maria (OCD), que a todos agraciou com palestras sob o tema “Vinde, Subamos ao monte do Senhor” (Is 2, 2-3),o que se traduziu num privilégio para os seculares na Ilha da Madeira por ter sido um retiro à semelhança daquele que o próprio orientou no convento de Avessadas, Marco de Canaveses (entre 1 e 3 de março pretérito).
Não se poderá aqui dissertar exaustivamente sobre este retiro por ter sido tão rico, nomeadamente em meditação, contemplação e amor fraterno. Contudo, neste retiro centrado no convite do profeta Isaías, o sacerdote enriqueceu os seculares com reflexões que ofereceram uma visão de que o tempo quaresmal é um tempo para a introspeção e mudança, isto é, para descer do alto do pedestal até ao fundo do ser, onde se encontra tudo o que necessita ser expurgado com a ajuda de Cristo. Assim, de forma singela e convicta, o sacerdote orador muniu os seculares presentes com uma fórmula para operar a transformação do pensamento e do coração, bem como o desprendimento do que não é essencial, pois só assim acontece a verdadeira conversão, que por sua vez abre o caminho à liberdade para cada um subir ao monte.
Seguiu-se um almoço comunitário, oferecido pela comunidade dos sacerdotes carmelitas, no claustro da sua residência.
As fraternidades seculares gozaram, ainda, na parte da tarde, da formação ministrada pelo Frei André sobre “A Oração, para a União com Deus – com São João da Cruz”, integrada no ciclo de formação “A Experiência da Oração com os Santos do Carmelo”, promovido pelos sacerdotes carmelitas na Madeira, e à qual acorreu também um grande número de fiéis não seculares, facto que comprova o interesse e a importância da espiritualidade carmelita na Igreja.
A rematar o dia, todos regozijaram com a celebração da missa nova do Padre André, na Igreja do Carmo no Funchal, tão acarinhada pelos cristãos madeirenses, sendo que esta missa foi uma verdadeira graça do Senhor neste tempo de quaresma em que o Corpo Místico de Cristo fixa o olhar na Cruz salvífica, enquanto caminha na companhia da Mãe da Igreja, a Bem-Aventurada Virgem Maria, que já calcorreou a Via da Cruz e se alegrou com a consumação da Obra da Redenção.
