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Profeta Elias


Nos finais do séc. XII, a Ordem do Carmo, conhecida desde as origens como a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, nascia numa cordilheira serrana no noroeste de Israel. É um lugar marcado pelo testemunho do profeta Elias que, no século IX antes de Cristo, se cruzou com a história de Israel, tal com é relatado no livro dos Reis (1 Rs 17 a 19 e 21; 2 Rs 1e 2). Foi no Monte Carmelo que, após anos de seca e fome, teve lugar uma contenda com os profetas de Baal (1 Rs 18). O poder de Deus suplantou o deus estrangeiro, a quem o rei de Israel Acab e sua mulher Jezabel prestavam culto. O fim da seca e o regresso da abundância no país foram anunciados por “uma pequena nuvem como a palma da mão” que subiu do mar (1 Rs 18, 44). No início do século XIV, a tradição carmelita interpretou esta “nuvenzinha” como a prefiguração simbólica da Virgem Maria.

Na origem, os Carmelitas não têm nenhum fundador carismático, mas Maria é a sua Padroeira, Mãe e Irmã, e em Elias encontram o seu inspirador. Toda a vida de Elias é oração e serviço na presença de Deus. No Monte Horeb, após uma longa caminhada, Elias encontra-se com o SENHOR no “murmúrio de um silêncio”, experiência vivificante a que aspiram todos os que buscam o Rosto divino. A vocação do Carmelo é estar na presença de Deus, vigiando em silêncio, num diálogo de amor com o Deus vivo, e intercedendo pelo mundo. O encontro com Deus no Horeb não acaba no gozo: Elias é enviado para chamar à conversão ao Deus vivo e único e para ungir os reis de Israel e o profeta Eliseu. O Carmelo, herdeiro do zelo de Elias, recebe de Elias esta chama ecuménica e missionária, que se desenvolve plenamente com a reforma teresiana do século XVI.

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