Retiro OCDS | Uma quaresma com as Teresas Doutoras

Foi este o título do retiro da quaresma organizado pela OCDS no Santuário de Avessadas, nos dias 14 a 16 de março. Com largos períodos de silêncio, orações e uma vigília orante. Foi o P. José Arun, do Convento de Funchal, orientador das três meditações oferecidas aos cerca de 50 participantes, entre eles os membros das comunidades seculares de Aveiro, Avessadas, Fundão e Porto, e dos catequistas de três paróquias de Paredes.

O P. José adornou o início de cada meditação por uma narrativa da sua vida concreta, feliz ou dolorosa, ou por um relato evangélico, relevando o jeito de Jesus com o Seu próximo, particularmente os mais frágeis (Mc 7, 31-37), de modo a alcançar o cerne dos vários sentidos de renovação quaresmal. A quaresma é um tempo favorável para (re)entrar no Castelo Interior e nas suas moradas, ao estilo de Teresa, percorrer o nosso interior, ouvir em silêncio a voz de Jesus que nos chama para uma conversão mais profunda, fazendo-nos descobrir a misericórdia e o amor de Deus. A quaresma é um tempo para escutar e amar melhor os outros; para ter gestos e palavras de empatia e compaixão, sem julgar, nem condenar, ou ainda para rezar pelos agressores e vítimas de violência. Como Teresinha orou pela conversão do criminoso Pranzini (Ms A, 46rº) e ajudou com amor desinteressado uma irmã de caráter brusco (Ms C, 29rº). Finalmente, neste Ano Jubilar, a quaresma é uma oportunidade para recomeçar. Como Jesus o anunciou na sinagoga de Nazaré, ao ler uma passagem de Isaías (Lc 4, 18-19). Tudo o que temos vem de Deus. Os pobres escutam Jesus que os liberta do orgulho e da vanglória. Põem a sua esperança em Deus, com confiança na Sua misericórdia e fidelidade. Bendito e louvado seja o Senhor, fonte de todos os bens que falamos, pensamos e fazemos. Amém. (C 42, 7)