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Santa Teresa Margarida do Coração de Jesus


A data que a Ordem escolheu para celebrar a memória litúrgica de S. Teresa Margarida do Coração de Jesus é o dia 1º de setembro, quando a jovem Ana Maria Redi ingressou no convento de Santa Teresa de Florença, Itália, com a idade de 17 anos. Ali permanecerá pouco mais de cinco anos, até falecer no dia 7 de março de 1770.

O fio condutor de toda a vida de S. Teresa Margarida foi o de uma vida de fé simples, mas vigorosa; o Coração de Jesus, seu nome religioso e programa de vida, foi o princípio inspirador. A jovem carmelita seguiu este princípio fundamental: as suas alegrias e os seus sofrimentos adquirem significado unicamente em união com os sentimentos do Coração de Cristo. A outra inspiração que tornou célebre S. Teresa Margarida foi a graça do «Deus é Amor», para a qual foi preparada através do simples, mas fadigoso ofício de segunda enfermeira. Esta função foi para ela o meio concreto de dizer ao Senhor o seu incessante desejo de amá-Lo. A partir do dia em que o Espírito Santo se manifestou com as palavras «Deus é Amor, quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele» (1Jo 4, 16), a Santa experimentará que a sua chama não só aquece e ilumina, mas também abrasa e consome, até deixá-la sem nenhuma segurança e posse. Compreende então que chegou o tempo de «padecer e calar». Esta é a fé plena, madura e radical, à qual chegou S. Teresa Margarida.

O testemunho de Teresa Margarita é uma advertência para todos nós, Carmelitas Descalças e Descalços do século XXI, que nos recorda que a união com Deus é e será sempre o fim ao qual tende a nossa vocação, uma união «misteriosa», como dizem as nossas Constituições, como é a presença de Deus no meio da história do mundo. Precisamente porque é misteriosa, ou seja, escondida, a forma desta união não consiste em fenómenos místicos extraordinários, em carismas especiais e espetaculares, dos quais o ser humano religioso é tão ávido. É uma forma ordinária, ou melhor, uma forma servicial, simples e humilde, a mesma que Jesus assumiu em sua vida terrena. É a vida de uma criatura humana que entrega, cada dia, todo o seu ser nas mãos do Pai, com a firme certeza de que d’Ele o receberá de novo, renovado e feito membro do Corpo ferido e glorioso de Cristo Ressuscitado.

Segundo a Mensagem do Prepósito Geral Pe Geral Saverio Cannistrà, OCD, para o 250º aniversário da morte de Sta. Teresa Margarida do Coração de Jesus

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